segunda-feira, 11 de junho de 2012




Desculpe minha mãe eu não consigo ser normal 
Nem letreiro, nem sinal, me faz parar rente ao mundo
Eu realmente já tentei de outro jeito
Mas trejeito não se lê
Não há como interpretar
Desculpe minha mãe por eu não ser mais um igual
Não vou à missa no natal
Não tenho plano consumista de turista ou diplomata
Minha pauta é mais estranha
Sou palhaço ou artista
A barba cresce, a roupa envelhece
Mas desse meu trapézio vejo todos
Vejo todos encenando a mesma peça
Vejo o tédio se arrastar pela janela
O poema morno de uma vida morta
O fechar do olho e o abrir da porta
A poesia que não pôde acontecer...

Bob