domingo, 13 de novembro de 2011

Terra Estranha




De tudo que eu entendo muito bem
dos discos dos Mutantes 
tudo zen, tudo bem
de tudo que não me interessa, essa gente, essa festa
o medo de não me encontrar
depois que a mesma festa acabar
quando todos vão embora, será que a pressa demora
apagados os cigarros, acabamos as bebidas
e a neblina lá fora e eu colado na vidraça, sozinho
menti outra vez, pra todos, disse que ia sair
pra que todos fossem embora
pra que pudesse sorrir, como vapor sumir
talvez tenha dormido, mas não lembro se dormi
estou parado no mundo, sem muros estou cercado
meu quarto é real mas pareço estar num sonho
então vou dormir denovo
com medo de acordar.

Nota: Novamente estava sentado na mesma cama, percebi que era um sonho dentro de outro sonho, me questionei em quantos graus de sonho eu poderia estar emerso, será que fui dormindo e acordando do outro lado?! E repetindo esse processo fui me aprofundando, pensei nesses graus como mundos, pensei que quando dormimos aqui, acordamos do outro lado, em um mundo menos denso, penso também em qual será a verdadeira realidade, já que estamos por lá vez ou outra, até irmos de vez, dormindo de vez, passamos algum tempo até voltar a andar por aqui denovo, será que quando acordamos do outro lado a ideia de um mundo fora de lá também é ridícula? Será que do outro lado é tão real como aqui?

Já fui e vim tantas vezes
Não sei se quero voltar
Mas quando fechar os olhos
Do outro lado vou estar...


Bob

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